Criação de insetos é uma alternativa ética à carne e laticínios

Os insetos são criados comercialmente em recipientes plásticos até atingirem o peso de abate, sendo então mortos por congelamento, trituração, vapor, fervura ou sufocamento. Eles possuem sistema nervoso e nociceptores (receptores de dor), que as plantas não têm. Para obter a mesma quantidade de proteína de uma vaca, seria necessário matar cerca de 350.000 grilos.

Estudos demonstram que insetos produzem endorfinas e têm capacidade de aprendizado, evitando estímulos associados a experiências negativas. Experimentos com moscas-das-frutas sugerem que elas experimentam dor crônica, e grilos demonstraram reações à morfina, inclusive desenvolvendo sinais de dependência após cinco dias. Atualmente, estima-se que 1,2 trilhão de insetos são mortos para ração animal ou alimentação humana, com outros 2 trilhões de insetos selvagens capturados anualmente para consumo humano.

Ótimo, já não bastava causar sofrimento a milhões de animais, agora querem expandir para trilhões de insetos! Se já é difícil convencer as pessoas a comerem hambúrgueres de lentilha, imagina tentar vender um hambúrguer de larvas trituradas. Genial essa solução para o problema ético da exploração animal: vamos apenas explorar seres menores!

Se já temos evidências de que insetos sentem dor e podem sofrer, por que buscar uma alternativa que ainda causa sofrimento? Por que matar 350.000 grilos quando podemos simplesmente comer plantas? Se a questão é ética, não deveríamos buscar a opção que causa o mínimo de sofrimento possível?