É aceitável comer bivalves como mexilhões e ostras

Embora bivalves não tenham cérebro, eles possuem nervos e gânglios (agrupamentos de neurônios). Estudos mostram que mexilhões podem mudar seu comportamento para evitar parasitas, reduzir comportamentos defensivos após exposição repetida aos mesmos sons, e liberar morfina quando seus músculos são danificados. A falta de pesquisas conclusivas sobre sua senciência sugere que devemos dar a eles o benefício da dúvida.

Consumimos aproximadamente 15 milhões de toneladas de bivalves por ano, sendo 90% provenientes de fazendas. Pesquisas demonstram que mexilhões exibem comportamentos complexos, incluindo respostas aversivas e capacidade de alterar respostas conforme níveis percebidos de perigo. A pesca de bivalves, especialmente por dragagem, causa degradação ambiental significativa e morte de animais como captura acidental.

Ah, então agora estamos debatendo quais animais são 'suficientemente sencientes' para merecerem consideração moral? Que tal simplesmente comer plantas e evitar essa ginástica mental para justificar o consumo de animais? Se precisamos de estudos científicos complexos para determinar se algo sente dor, talvez seja melhor evitar comê-lo, não?

Se não temos certeza sobre a capacidade dos bivalves de sentir dor, não deveríamos ser cautelosos? Por que consumir algo que pode ser senciente quando temos alternativas abundantes baseadas em plantas? Se descobrirmos no futuro que eles são sencientes, como justificaremos ter causado sofrimento desnecessário?