Eu só compro produtos de origem animal com certificação de bem-estar

As certificações de bem-estar animal não abordam o problema fundamental da exploração. Organizações de bem-estar animal permitem práticas como inseminação forçada, separação de filhotes recém-nascidos de suas mães e abate em câmaras de gás. Mesmo que seja melhor não criar um animal em uma gaiola, isso apresenta uma falsa dicotomia, pois não precisamos criá-los de forma alguma.

As regulamentações de bem-estar animal ainda permitem práticas cruéis. Por exemplo, galinhas 'livres de gaiola' ainda são debicadas, criadas seletivamente, frequentemente aglomeradas e abatidas com cerca de 72 semanas de idade. A indústria resiste ativamente a melhorias no bem-estar animal, como demonstrado pela oposição à proibição das celas de gestação para porcas, que são tão pequenas que os animais não conseguem nem se virar.

Ah, que maravilha! Seus animais têm um pouco de palha antes de irem para a câmara de gás! É como dizer que uma fábrica que explora trabalho infantil é ética porque dá almofadas confortáveis para as crianças sentarem. O selo de 'bem-estar' é apenas uma forma de fazer você se sentir melhor sobre algo fundamentalmente antiético.

Se realmente nos importamos com o bem-estar dos animais, por que aceitamos sua exploração fundamental? Como podemos chamar de 'ético' um sistema que ainda permite a separação de mães e filhotes, inseminação forçada e abate prematuro? Se não precisamos consumir produtos animais para sobreviver, como justificamos qualquer nível de sofrimento imposto a eles?