As evidências que apoiam uma dieta baseada em plantas vêm de ciência fraca

Este argumento é similar ao usado pela indústria do tabaco contra estudos epidemiológicos. Embora estudos observacionais não sejam perfeitos, centenas deles mostrando os mesmos padrões formam uma base sólida de evidências. A OMS classificou carne processada como cancerígeno classe 1 e carne vermelha como classe 2 baseando-se em 800 estudos diferentes. Além disso, existem ensaios clínicos randomizados mostrando benefícios de dietas vegetais.

Estudos clínicos randomizados demonstram que dietas baseadas em plantas podem reduzir fatores de risco de doenças crônicas, diminuir a carga ácida dietética (ligada a doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2), e são mais eficazes que medicamentos para redução de colesterol e diabetes tipo 2.

Ah sim, porque um questionário com 2.000 carnívoros auto-selecionados nas redes sociais é muito mais científico que centenas de estudos epidemiológicos! E claro, vamos ignorar os ensaios clínicos randomizados que mostram benefícios de dietas vegetais, porque não combinam com nossa narrativa!

Por que aplicamos padrões diferentes ao avaliar evidências que apoiam dietas vegetais versus aquelas que apoiam dietas carnívoras? Como podemos ignorar um corpo massivo de evidências epidemiológicas enquanto aceitamos estudos muito mais fracos que confirmam nossas crenças? Não estamos repetindo os mesmos erros da indústria do tabaco?